terça-feira, 9 de dezembro de 2008

OS DEZ MANDAMENTOS: ALIANÇA DE DEUS COM SEU POVO

DEUT. 5.6-7

INTRODUÇÃO: O Senhor procura lembrar ao seu povo, sobre seu passado e seu presente. Deus menciona o tempo que o povo foi escravo no Egito durante 430anos, segundo Ex. 12.40. Era primordial para Israel, manter uma lembrança viva e um coração grato, principalmente em relação ao próprio Deus. A Lei foi dada após o povo sair do Egito, sendo assim deveriam recebê-la com alegria, pois a Lei tinha o caráter de prepará-los para possui a terra prometida. Era necessário uma preparação prévia, visto que o Senhor jamais concede algo a alguém ou a algum povo, sem o devido preparo. Com Israel não foi diferente. Não podemos ver a Lei como um conjunto de proibições, talvez seja esse o nosso erro hoje. Algumas pessoas não aceitam o evangelho e consequentemente a Jesus, por entenderem erroneamente que são obrigações, imposições e até mesmo escravidão. Mandamentos soa para alguns como escravidão ao em vez de liberdade, imposição no lugar de livre escolha. A Lei de Deus sendo o padrão máximo divino para seu povo, o que Deus esperaria deles? Qual seria seu comportamento diante da orientação dada? Os Dez mandamentos seriam passageiros ou transitórios? Quais seriam suas implicações para Israel e para a igreja Cristã? Vejamos então o que os mandamentos tem a nos ensinar, lembrando que eles marcam um novo tempo na história do povo de DEUS.

I- A LEI DE DEUS MOSTRA SUA IMUTABILIDADE; V.6ª
Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão;

Ao declarar que ele era o Senhor, Deus conscientiza o povo que ele é único e todo poderoso, de acordo com o shemá. A declaração que ele era único Senhor está clara no termo utilizado por Moisés, o termo “eu sou” significa que Deus Era, É e Há de ser sempre. O Que na realidade quer dizer tal termo no pensamento de Moisés? Senhor de que ou de quem? O Termo denota onipotência, onisciência, onipresença, atributos que só pertencem ao Senhor e a mais ninguém. A declaração se faz necessário, visto que o povo era cercado de nações pagãs que serviam, adoravam e se curvavam diante daqueles que não eram verdadeiros. Israel deveria se lembrar que além de Jeová ser único, era também o Senhor deles. A expressão denota a imutabilidade de Deus, ele é imutável quanto aos seus propósitos, como diz Paulo que ele não quer que nenhum se perca, mas cheguem ao conhecimento da verdade.
1Ti 2:4; que todo aquele que invoca o nome do Senhor será salvo. Que todo aquele que confessar seus pecados serão perdoados. I João 1.9

II- A LEI DE DEUS MOSTRA QUE LE NOS CHAMOU A LIBERDADE; V.6b
Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão;

Deus havia libertado o povo da escravidão, e através da Lei o povo deveria viver de forma livre e que exaltasse o nome do Senhor. A Liberdade recebida pelo povo não era um atestado de independência, muito pelo contrário, era um sinal de obediência já que a lei era um compromisso, aliança do Senhor com seu povo. A liberdade então, consistia em o povo observar os mandamentos e regularem suas vidas por eles. A verdadeira liberdade está em desfrutar da vida com responsabilidade, não fazer o que quer, pensar o que quer, nem falar o que quiser. O povo saiu da escravidão rumo a uma vida nova, com promessas novas, mas servindo ao mesmo Deus. Da mesma forma que Cristo nos chamou a liberdade por intermédio da palavra.

III- A LEI DE DEUS MOSTRA QUE NÃO PODEMOS ATRIBUIR A OUTRO, AQUILO QUE SÓ DEUS PODE FAZER; V.7a

Não terás outros deuses diante de mim;

Ao se referir a outros deuses, o Senhor que deixar claro que o que ele fez, faz e fará é inigualável e insubstituível. Os outros deuses não tiveram o poder de criar, governar, sustentar o universo e nem de libertá-los da escravidão. O povo viveu na escravidão assistindo os egípcios a ser curvarem diante do panteão de faraó e suas imagens, por isso a ordem era clara e direta, não terás outros deuses. A semelhança de Paulo no Areópago onde encontrou os Atenienses cultuando seus deuses,percebeu então que havia um altar ao Deus desconhecido. Paulo em um ambiente tão religioso, pagão e idolátra, anunciou o único Deus e Senhor. Paulo atribuiu ao Deus único e verdadeiro, a criação do mundo, homem e tudo que existe.


IV- A LEI DE DEUS MOSTRA QUE NÃO PODEMOS EXPERIMENTAR NENHUM OUTRO DEUS. V.7b

Não terás outros deuses diante de mim;

E no final o Senhor recomenda que o povo não tivesse nenhuma experiência com nenhum outro deus. Ter outros deuses diante dele, seria uma afronta a sua santidade, e ao mesmo tempo uma clara demonstração de ingratidão. Se assim fizesse, o povo estaria se esquecendo de tudo que ele fez e de todas as suas recomendações expressas nos seus mandamentos. Ter outros deuses diante dele, seria como uma tentativa de independência do Senhor que tantas vezes mostrou seu amor para com eles. A Bíblia diz que Deus prova seu amor conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.Rom. 5.8


Conclusão: Fica claro o desejo do Senhor, que seu povo não troque nem negocie as orientações divinas por nenhum outro manual de regras ou de orientações. A Lei, ou os Dez Mandamentos são a nossa base de orientação, pois é a autorizada, inerrante e a inspirada palavra de Deus. Útil para ensinar, corrigir, repreender e preparar para que todo homem esteja preparado para servir ao Senhor, como diz Paulo em II TIM. 3. 16-17.

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